Lembra-te de mim quando entrares no teu reino.
E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino." (Lc 23:42)
Esta é uma passagem muito conhecida da Bíblia sagrada, e fala do ladrão da cruz.
Este homem ficou conhecido por esta expressão, uma frase que ficou na memória de muitos; lembra-te de mim quando entrares no teu reino, foi nos últimos suspiros que ele falou estas palavras. Ele alcançou o perdão de Jesus, quando este se arrependeu de seus atos; esta frase expressa alguém que fez uma rápida análise de sua vida, quando não havia mais solução nenhuma para esta vida. Este homem estava condenado, e , para ele não se tinha mais o que fazer; ele olha para o lado e vê um homem santo, justo, e segundo as características de Jesus, ele consegue perceber que ele era realmente quem dizia ser. Ele percebe que há sinceridade nas palavras de Jesus, e ao analisar sua vida, ele não fez nada de bom; tudo estava encaminhado para que ele agora pagasse pelos seus atos, na verdade isso já estava acontecendo, mas ele sabe que ali não era tudo; é o que vemos em suas palavras. Ele sabe que Jesus ia para um lugar maravilhoso; é onde ele percebe que o seu caminho, para qual ele estava indo, era de acordo com seus atos; ele reflete no momento em que o outro está julgando Jesus, ele faz esta reflexão e chega a uma conclusão que tudo que ele fez não merece o perdão de Deus; ele se vê na condição de condenado, aquele que afligiu todas as leis; tanto do homem como de Deus. E o que levou ele à alcançar o perdão de Deus, foi porque ele viu a sua miséria, a situação em que se encontrava; a decadência de todo o seu mal, Paulo disse: "Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;" (Rm 5:20) a lei mostra o tamanho da culpa, quão grande é o pecado; maior é a graça de Deus. O ladrão reconhece sua culpa, seus delitos; é aqui onde está o segredo, ninguém recebe perdão sem reconhecer que está errado; na verdade essa pessoa nem busca o perdão se achando na condição de santo, aqui mora o perigo; "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;" (Lc 5:31) quando me vejo na condição de são, não procuro o médico porque acho que não preciso; um santarrão dificilmente ele consegue experimentar esta graça, mas aquele que se humilha e enxerga sua decadência, esse sim alcança esta maravilhosa graça; Jesus disse: "O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (Lc 18:11-13) Jesus disse que este desceu justificado para casa, na condição de pecador, ele não tinha nem sequer coragem de olhar para os céus; enquanto o fariseu dizia ser santo, e fazia questão de ser ouvido acerca da sua santidade.
O ladrão da cruz crê no último momento em Jesus, mas sua palavra dita nos últimos suspiros de sua vida foi um apelo; porque ele não se vê como alguém justificado, ele não se justifica, tudo que ele vê é que seus caminhos foram maus; "Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez." (Lc 23:40-41) Ele sabia que estava pagando pelo o que tinha feito, e estava ciente que aquilo era preciso; isto é chamado de verdadeiro arrependimento, é querer pagar cada centavo da conta; para ter um novo recomeço. Já no caso deste homem, ele sabia que nesta vida não haveria mais chance para ele; ao se arrepender faz um apelo a Jesus sabendo que praticou coisas más, ele pediu para que Jesus lembrasse, para que Jesus analisasse sua vida, para ver se ele teria alguma chance de entrar no paraíso; mediante sua culpa não teria nenhuma, mas os méritos não eram os dele, era de Cristo; "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." (Ef 2:8) No último momento de sua vida ele alcançou esta graça, uma dádiva de Deus para aquele que estava passando pela condenação do homem, mas livre da condenação eterna; porque Deus lhe concedeu no último momento a fé salvífica, obteve a salvação de Deus para sua vida, enquanto o outro rejeitou a graça que estava batendo em sua porta. Amém, não deixe essa graça maravilhosa passar na sua vida sem que você se rende à ela, porque precisamos; peça para Deus que Ele é autor e consumador da fé. Que Deus abençoe à todos em nome de Jesus.
Adalto Almeida
Enviado por Adalto Almeida em 30/04/2023